E o religioso tende a matar o outro. Persegue, aponta o dedo, condena, exclui, vive passando sermões moralistas e radicais, extrai trechos da bíblia quando não concorda com a atitude de alguém, ou simplesmente respira doutrinas.
O que seria mais inteligente? Condenar ou se auto-avaliar?
Sinto muito, mas você não é melhor que alguém só porque frequenta algum grupo religioso ou porque decidiu rezar/orar 40 vezes por dia. Não, você não difere em caráter por decorar o testamento e publicar ou declarar versículos por onde vai.
Perseguição, condenação, exclusão... a palavra que sai da boca de muitos religiosos intimidam, perseguem e condenam quem, invariavelmente, difere dos costumes e crenças deles.
Não, um ser superior como Deus, Este único, não precisa que você fique sem comer durante 40 dias para demonstrar sua devoção, a devoção vem de algo totalmente fora do fisiológico, é espiritual, é energético, é essencial.
Isso sempre existiu, o governo Talibã, por exemplo, era dominado por comportamentos hipócritas dos seus dirigentes, enquanto puniam o povo pelos mesmos comportamentos; na ditadura de Cuba, a mesma coisa, quando o povo já nasce odiando americanos, e o presidente Fidel Castro aparece em entrevistas com abrigos da Nike, empresa NORTE AMERICANA. Incoerência.
Sinto muito, o fato de você saber de tras pra frente o Corão ou o evangelho não te faz um pessoa bacana, o fato de você praticá-lo com discernimento e filtros, sim. Filtros não ideológicos, mas culturais.
O simples fato de eu escrever isso pode causar fúria no coração de alguns religiosos. Fúria? Cristo? Incoerente, não acha?
Peço sim que haja desprendimento de paradigmas e pensamentos radicais, imponderáveis, discriminatórios, superioridade e intolerância. Tudo que fuja de amor e respeito, me perdoe, mas não vem de uma energia superior.
RESPEITE quem não concorda com seus dizeres ou com os dizeres da maioria. Ore por eles, não invada o espaço intelectual de alguém. Em palavras simples... deixe de ser um cú de regras, ninguém suporta isso. Ame mais, julgue menos.
São extremamente curtas as divisórias que separam os caminhos da resignação e da hipocrisia, e muita gente se perde nisso, colocando em discussão o senso de ridículo.
Às vezes procura-se parecer melhor do que se é. Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a segunda.
