domingo, 7 de junho de 2009

Doidera


Confesso que há uns 5 anos atrás armazenava alguns conceitos superficiais. Estética era tudo e o resto...ah o resto a gente usa maquiagem.

Mas... peraí!! Maquiar um rosto é fácil, ficar com o corpo bronzeado também. A gente emagrece, engorda e com esforço (e muito!) fica do jeito que espera. Mas e o conteúdo?
Pois é....o tempo passa e a gente começa a ver o que realmente faz TODA diferença nessa vida.
Entendo perfeitamente que não é de hoje que somos sistematicamente submetidos a um forte apelo pela valorização da estética. Tratamentos antienvelhecimento, antiestrias, anticelulite, antimolenguisse, “anti-isso”, “anti-aquilo...” Cara, isso cansa!!!

Sou totalmente a favor de gente vaidosa, admiro profundamente pessoas que se cuidam. Isso transparece amor próprio e acho incrível, sério! Mesmo porque sou assim!

Mas isso só se torna um problema quando há uma supervalorização desses aspectos.

Conto de fadas... Lembra? Mostra-se o ideal do modelo feminino, princesas loiras, de cabelos lisos, curvinhas lindas, passivas, cujo único desejo é encontrar um lindo príncipe encantado: forte, valente, protetor, bonito, etc. Quase sempre são personagens sem identidade própria, sem atitude e esvaziadas de conteúdo.

Uma característica que quero ressaltar é a valorização dos aspectos internos em detrimento dos externos, assim como dos aspectos existenciais em detrimento da estética. Tem gente que o único atrativo é a estética e o pior, a pessoa ainda gosta desse tipo de valorização isolada e continua fazendo assim sua imagem. Como se a beleza resolvesse tudo.

Resolve? Ajuda viu...bastante...mas pode ter certeza que não resolve.

Quando presencio algumas coisas penso em como a mente humana pode se tornar vazia, pouco interessante. Aquela mesma tão rica, tão complexa, tão expansiva... Acho uma judiação!


Beleza conquista. Conteúdo convence!

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